Instalação de usina de etanol marca novo ciclo de desenvolvimento para Tapurah
- Editor

- 2 de jul.
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Celso Nery
Tapurah nasceu com vocação agrícola. Ao longo de quase quatro décadas, consolidou-se como uma das potências produtivas do Médio-Norte mato-grossense. Agora, com a chegada da usina de etanol, o município entra definitivamente na era da industrialização rural, agregando valor ao que planta e colhe, e expandindo as possibilidades de crescimento.
No período em que completa 37 anos de emancipação político-administrativa, o município celebra um dos maiores investimentos de sua história recente: a instalação de uma usina de etanol de milho, que promete transformar a economia local, gerar empregos e fortalecer a cadeia produtiva do agronegócio regional. O empreendimento, liderado pelo empresário Joci Piccini, inicia sua operação nas próximas semanas e já movimenta o cenário econômico da cidade.
“É uma oportunidade de agregar valor ao milho produzido em larga escala na região, transformando a matéria-prima em etanol, DDG e outros produtos. Isso fortalece o setor produtivo, viabiliza novas atividades, como o confinamento de gado, e cria uma série de empregos diretos e indiretos”, destaca Joci. A estimativa inicial é de geração de cerca de 500 postos de trabalho, além de uma expressiva arrecadação de impostos para o município.
A planta industrial, com mais de 160 mil metros quadrados de área construída e cerca de 900 trabalhadores atuando na reta final das obras, já inicia a fase de testes e calibração dos equipamentos. A primeira fase da operação prevê o processamento de mil toneladas de milho por dia, com a segunda fase prevista para iniciar em menos de seis meses, elevando a capacidade para até 2.700 toneladas diárias. A expectativa é que, com a estrutura totalmente operacional, a usina atinja uma produção de mais de um milhão de litros de etanol por dia.

“Nossa meta é atingir um milhão de litros de etanol por dia ainda dentro do primeiro ano de operação. Mas isso é só o começo. Com o tempo, queremos explorar novos derivados e até cogitar a ampliação da planta, sempre com base na resposta do mercado e na eficiência da operação”, antecipa Joci.
Além da geração de empregos, o empreendimento impacta positivamente em diversas frentes, como transporte, armazenamento e distribuição. A empresa Idaza, também do grupo liderado por Piccini, será responsável pela distribuição inicial dos produtos, reforçando a integração logística.
A usina não impacta apenas Tapurah. Toda a região será beneficiada com novas oportunidades logísticas, de transporte, serviços, e na valorização do milho, beneficiando produtores de Nova Maringá, Itanhangá, Ipiranga do Norte e arredores.
“A instalação dessa usina vem num momento estratégico. O Brasil passa por um cenário econômico desafiador, e Tapurah possui grande disponibilidade de matéria-prima. A industrialização é o caminho para garantir mais resultados ao produtor e mais recursos ao poder público”, avalia Joci. Ele também destaca o apoio recebido da comunidade local, do poder executivo, legislativo e da iniciativa privada, como um fator decisivo para a escolha de Tapurah como sede do empreendimento.
Com uma estrutura que reúne mais de 45 construtoras trabalhando simultaneamente, o projeto avança rapidamente. “Estamos animados e gratos pela forma como fomos recebidos. A região tem um grande potencial, com produtores consolidados e municípios vizinhos como Itanhangá, Nova Maringá e Ipiranga do Norte, que também serão beneficiados.”
O uso do milho como matéria-prima para produção de biocombustível reforça o protagonismo do Brasil na transição energética global. “Estamos apostando numa matriz limpa, eficiente e renovável, com ganhos para o clima e para o campo”, defende o empresário.
A chegada da usina representa não apenas um salto econômico para Tapurah, mas também um passo firme em direção à produção de energia limpa e renovável, alinhada às demandas ambientais e à busca por sustentabilidade. “É um momento ímpar para Tapurah. Estamos criando oportunidades, movimentando a economia e contribuindo com o futuro do país”, ressalta Joci. “Ver esse projeto nascer aqui é mais do que negócio: é um compromisso com a terra que nos acolheu. É nossa forma de agradecer e retribuir, ajudando Tapurah a crescer ainda mais”, conclui.







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