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Capital da Agroindústria, Lucas tem boa expectativa para safra de soja 2021/22


Com período de plantio liberado a partir de 15 de setembro, o produtor de Lucas do Rio Verde tem expectativa positiva para a safra de grãos 2021/22. Com o aumento do consumo mundial de soja em grãos em 2022 e com a oferta e demanda bastante ajustadas, os preços internacionais estão bem elevados, animando os produtores. Maior produtor de soja mundial, o Brasil deve aumentar a área plantada na safra 2021/22, o que contribuirá para suprir a demanda interna e externa de soja. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estima crescimento na área de plantio, passando de 38,53 milhões/há em 2021 para 39,91 milhões/há em 2022, 3,6% a mais que na safra 2020/21.



A Fundação Rio Verde vem acompanhando o movimento no campo. De acordo com Rodrigo Pasqualli, diretor executivo, observou que as chuvas na primeira semana de setembro deram maior esperança, já que na safra anterior as chuvas irregulares trouxeram muita incerteza.



O produtor deve prestar atenção na qualidade da semente e regulagem do equipamento, para aproveitar o momento que o campo apresente a umidade razoável para um bom plantio, fazendo da melhor forma possível”, orienta.



Roberto Petri, gerente de loja da Agro Baggio John Deere em Lucas do Rio Verde.

A confiança numa produção de grãos na safra 2021/22 no campo também é compartilhada na cidade. Empresas que prestam assistência técnica aos produtores observam que o cenário favorável é uma mola que ajuda a alavancar a produção. Gerente de loja da Agro Baggio John Deere em Lucas do Rio Verde, Roberto Petri avalia que o mercado de commodities impulsiona essa confiança. Petri mantém contatos diários com produtores e vê que os preparativos para o plantio seguiram agitados nos últimos dias. Os insumos já foram adquiridos, já que os sojicultores se prepararam com antecedência. No final do ano passado os produtos foram viabilizados para garantir que estariam disponíveis a partir da 2ª quinzena de setembro. “Essa compra foi, em sua maioria, favorável. A relação insumo x saca de soja, pelo valor da saca de soja, ficou bom. Isso compreende que a gente tem uma safra onde os custos médios em sacas de soja, tendem a ser melhores que o ano passado”, observou.


A crescente demanda mundial por alimentos e a dificuldade de abertura de novas fronteiras agrícolas em países com suas áreas já consolidadas também é um motivo que fortalece a expectativa de boa produção no Brasil e em Mato Grosso. Embora não conte diretamente com novas áreas consideráveis de plantio, a realidade no campo no país é de melhoria na produtividade. Neste ponto, empresas como a Agro Baggio surgem para reforçar a confiança do produtor. “Desde que se planta soja e milho no Brasil só se aumentou produtividade com o uso de tecnologia. O fator forte de aumento de produtividade é a tecnologia, seja ela sementes, em biociência, em defensivos agrícolas, máquinas, manejo de solo, só se aumenta com o uso de tecnologia, novas tecnologias, desenvolvimento. O nosso produtor é muito atento e nossa região, em especial, tem muitas áreas que estão à frente, inclusive dos EUA. O nosso empresário rural é adepto da tecnologia e isso explica o sucesso que se tem”, descreve.



Edson de Arruda Borda da SBS Comércio e Transporte de Grãos

Apesar de não atuar diretamente com a safra de soja, o empresário Edson de Arruda Borda, da SBS Comércio e Transporte de Grãos, acompanha com atenção o movimento no campo. O forte da empresa é a safra de milho, mas ele entende que uma boa safra de soja pode influenciar positivamente nas demais culturas. Edson mora em Lucas do Rio Verde há 32 anos e desde os 18 anos tem ligação com o agronegócio. Há 9 anos montou a corretora SDS para prestar serviço aos produtores rurais. “A soja é considerada o carro-chefe da agricultura. Pessoal fica muito ligado em cima dela por agregar bem melhor que outras commodities e tem maior movimento no campo, seria uma locomotiva. A gente acaba envolvido, não tão diretamente, nosso foco é o milho, mas é sempre importante ficar focado no que está acontecendo”, assinalou Edson.


Edson comentou que, mesmo em meio à pandemia do coronavírus, a economia regional continuou movimentada. “Pra parar a agricultura é o clima, que vai parar, estagnar, impedir a produção. De resto, não há outra situação que possa travar. O que o produtor fica de olho é na condição climática. Da pra perceber que ultimamente anda bem desregulado de chuva. Está chovendo muito mais num período aonde não deveria chover e isso tá dando um contrapeso na produção”, comentou.


A produção de milho da safra 2021 isso ficou bem evidente. Em comparação a safras anteriores, o volume de chuvas sofreu redução consideravelmente, levando os produtores a arriscar um pouco mais. “Plantou fora da chamada janela ideal pensando na possibilidade de chuva. Ainda estamos vivendo um preço interessante, histórico pro milho. E o produtor investiu mais na cultura em termos de tecnologia, fertilizante e agroquímicos”, observou Rodrigo Pasqualli, da Fundação Rio Verde. Segundo ele, houve relatos de quebra de produtividade em algumas áreas, mas também relatos de produção normal em outras.


O diretor da SBS reforça a expectativa do produtor em relação ao milho. Edson Borda aponta que houve um bom investimento no plantio cuja produção foi frustrada pelas chuvas. Como o plantio ocorreu fora de período, o nível de produtividade ficou abaixo do esperado. A redução da produção vai refletir na produção de frangos, pois os granjeiros tiveram que reduzir os níveis de estoque, passando a adquirir o necessário para a criação das aves. Por outro lado, a redução da produtividade pode significar aumento no preço do produto. “A gente está com uma perspectiva de aumento no preço até o final do ano”, prevê Edson, em razão da baixa oferta que se estima no pós-safra.

 

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